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Os Excluídos da WEB
Excluídos da Tecnologia

Um "excluído da tecnologia" não é apenas alguém com limitações físicas que dificultam ou impedem sua interação com máquinas de maneiras similares à pessoas sem estes problemas, mas certamente prover acesso à tecnologia para estas pessoas constitui um dos maiores desafios no design de interfaces.

O "padrão" de deficiencia na internet

A WAI (Web Acessibility Initiative, Iniciativa para uma WWW Acessível) define as seguintes "classes" de problemas que podem causar dificuldades de acesso: Deficiências visuais; Deficiências auditivas; Deficiências físicas; Deficiências cognitivas/neurológicas.

Quando a Acessibilidade torna-se importante ?

Em filmes de guerra americanos, nas situações em que os militares dos Estados Unidos têm que extrair informações de pessoas que, certamente por um defeito de nascenca ou coisa parecida, não falam inglês, eles quase sempre adotam uma solução bastante eficiente: eles gritam, e adicionam palavrões e ameaças físicas ao seu discurso. Mesmo sem saber inglês, praticamente qualquer pessoa entende o significado de um "motherfucker" acompanhado por uma arma apontada para sua cabeça. Desta forma, todos os problemas de comunicação acabam sendo resolvidos.
Na WWW a vida não é assim tão simples. Geralmente não se tem como falar mais alto, ou ameaçar, um visitante de uma página que não tenha o domínio do idioma nela utilizado. Como a teve seu crescimento inicial principalmente nos Estados Unidos, a terra onde os campeõs nacionais de basquete recebem o título de "World Champions" (campeões mundiais), levou um certo tempo para esse problema ser notado. Mas quando a Internet passou a ser utilizada em larga escala também em outros países, logo alguém chegou à brilhante conclusão de que mesmo sem falar inglês alguém ainda é capaz de gastar dinheiro.

Importancia da Acessibilidade para o Deficiente

Rapidamente, programas e serviços de tradução foram desenvolvidos, como por exemplo o Babel Fish (que imortaliza os peixinhos do imortal "Hitch Hikers Guide to the Galaxy", de Douglas Adams), um dos pioneiros.
A proliferação de soluções para o problema de tradução na WWW (e o contínuo melhoramento das mesmas) ilustra muito bem o fato de que, quando existe um mercado suficientemente grande, existe o interesse em se desenvolver soluções que explorem esse mercado.
A questão é: o mercado das pessoas portadoras de deficiências (como as destacadas pela WAI) em geral é suficientemente grande para justificar esforços no sentido de facilitar o acesso à WWW por partes dessas pessoas? Quando se analisa profundamente a questão, a resposta é sim. Senão vejamos:
- De 10 a 20% da população da maioria dos países possui defiências. Nem todas essas deficiências afetam a utilização da WWW, mas as que afetam tendem a se tornar mais comuns a medida em que a população envelhece;
- Em um grande número de países, a média de idade da população está subindo;
Mesmo que o mercado formado por pessoas deficientes não fosse tão significativo assim, mostrar uma preocupação em prover soluções para deficientes é um diferencial que acaba contando pontos não apenas com os deficientes, mas também com a população em geral, que cada vez mais valoriza esse tipo de iniciativa.
Outro dado interessante, apontado pela WAI, é que muitas das soluções desenvolvidas para pessoas com deficiências também podem ser posteriormente aplicadas para o uso de pessoas sem deficiências, em situações especiais onde elas não podem utilizar as mãos ou a visão (quando estão dirigindo, por exemplo), ou ainda quando não podem utilizar sons e as opções de legendas, um recurso fundamental para usuários surdos, tornam-se úteis.

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